sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
NOD200. A hipoteca falsa
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
NOD199. O pistoleiro que recusava a ternura
terça-feira, 16 de dezembro de 2025
NOD198. O Poeta do Saloon
O sol ainda não havia se posto completamente, e o calor abafado da tarde começava a dar lugar à frescura da noite no pequeno vilarejo de Dusty Ridge. O saloon, aquele refúgio de madeira e couro gasto, estava começando a se agitar. As mesas de bilhar estavam a ser arrumadas, e o barulho das conversas misturava-se ao som das botas batendo no chão de madeira. Mas havia uma expectativa no ar. O nome do visitante ressoava entre as pessoas como um eco que se afastava da história: John Holloway, o homem que escrevera versos no deserto, o poeta do Oeste.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
NOD197. O machado de guerra
domingo, 14 de dezembro de 2025
NOD196. Reparação
A cabana erguia-se sozinha na orla do território seco, onde o vento passava como uma faca e o sol parecia ter jurado não perdoar ninguém. Era pequena, feita de toros escurecidos, mas sólida como uma promessa antiga. Ali vivia uma menina, tão leve e silenciosa quanto o pó da manhã, acompanhada apenas do seu cordeiro, um bicho manso que a seguia para todo o lado, como se o mundo inteiro fosse demasiado grande sem ela.
sábado, 13 de dezembro de 2025
NOD195. As Planícies e o Vento
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
NOD194. Seis mulheres em perigo
O sol caía pesado sobre a pradaria, queimando a terra em tons de ferrugem. Do alto de um afloramento rochoso, Cal McRae, caçador e pistoleiro por necessidade, avistou o movimento no acampamento indígena junto ao leito seco do rio. Não era movimento comum. E não era bom.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
NOD193. Terror na Floresta
Terror na Floresta
A jovem tinha deixado para trás as cercas do rancho ainda ao romper da manhã, quando o sol mal riscava de ouro as colinas distantes. Caminhava sozinha pela orla da floresta, o vestido tocando a erva seca e as botas marcando o chão poeirento como se seguissem um trilho conhecido apenas pelo coração.
Ali, entre pinheiros altos e sombras frescas, o mundo parecia mais calmo, como se o próprio Oeste segurasse a respiração. A luz filtrava-se pelas copas, caindo sobre ela em faixas quentes, e o vento carregava o cheiro da resina, da terra viva e de promessas que só quem ama sabe ouvir.
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
NOD192. A Lenda do Guardião da Montanha
O Dia em que Jonas Encontrou o Lobo Velho
A serra estava branca de neve naquele inverno. Daqueles
invernos que roubavam o fôlego e deixavam a solidão ainda mais pesada. Jonas
era mais novo então, mas já carregava no rosto a expressão de quem aprendera
cedo que a vida é curta e a morte anda depressa.
Naquela manhã, seguia um rasto estranho entre os pinhais.
Não era de homem, nem de animal comum. Pegadas irregulares, como se o bicho
estivesse ferido. Jonas avançou devagar, espingarda em punho, atento ao
silêncio que cobria tudo como um lençol de vidro.
Ouviu o gemido antes de o ver.
quarta-feira, 21 de maio de 2025
NOD191. A canção das balas
quarta-feira, 14 de maio de 2025
NOD190. Na pista do passado
domingo, 11 de maio de 2025
NOD189. Onde acaba a pradaria
Cheyenne, cidade norte-americana cujo nome perpetua a recordação de uma tribo de peles-vermelhas, está situada no extremo Sul-Oriental do Estado de Wyoming, na rota do «Union Pacific», junto do Front Rang, posto avançado do gigantesco espinhaço geológico das Montanhas Rochosas, formidável barreira que separa o Oeste dos Estados Unidos do resto do País.Nas cercanias de Cheyenne está o caminho de Laramie, e um pouco mais ao norte, o chamado «agulheiro» de Wyoming. Por esta zona desfilaram sucessivamente os primeiros caçadores de peles, os pesquisadores de ouro dirigindo--se atropeladamente para os «prazeres» californianos, e o transcontinental mais antigo, o «Union Pacific», que muito contribuiu para o povoamento das planícies centrais e do Oeste.Em Cheyenne terminam as «Grandes Planícies», que chocam nos primeiros contrafortes das Rochosas tão bruscamente, como o mar contra a costa que diminui o seu ímpeto cego. Cheyenne surgiu dum momento para o outro. O seu nascimento era uma necessidade imposta pelos fatores geográficos, económicos e políticos. Pode mesmo afirmar-se que se fosse destruída ou o lugar onde se situa deixasse de permanecer na memória dos homens, no mesmo local, onde agora se ergue, seria novamente levantada.Desde o primeiro momento, nasceu o pensamento de que essa cidade não teria o mesmo destino de todas as outras que se erguiam um dia, para caírem no outro, somente pela necessidade e imaginação de meia dúzia de homens doidos.Os primeiros dias de Cheyenne foram muito duros. Situada na «fronteira», foi o refúgio de pessoas que nada tinham que perder — mas muito que ganhar — no fabuloso «jogo» da colonização, com a vida suspensa entre as lutas de brancos e índios e contra as cruéis surpresas dum território inexplorado, que passava sem transição do pomar ao deserto.O lema era: perder ou ganhar. Ganhar tudo ou perder tudo, inclusive a vida. Era neste estado de espírito que os pioneiros se encontravam. De 1867, data do seu levantamento, até 1890 Cheyenne, foi a «antessala» do inferno. Tal afirmação não é exagerada, porque, muito poucos, dos homens que morreram na cidade durante esse interregno, partiram para outra vida melhor com a consciência tranquila. Claro está, que quase nenhum deles morria de morte natural. Esse facto era uma particularidade que caracterizava o «clima» da cidade. Não que ela fosse motivada pelos germes patogénicos, mas sim pelas «indigestões» de chumbo e aço. Mas hoje, toda a gente sabe que, onde morre a pradaria, está Cheyenne, vigiando a porta do Oeste...















