quinta-feira, 14 de agosto de 2014

NOD016. Lobos do Missouri


Amanhece, meu amor...
Nas margens do rio Missouri, os pássaros soltam piares estridentes e abanam a plumagem colorida, saracoteando as asas num gesto preguiçoso.
As águas correm, ora barrentas ora esverdeadas, com laivos de limo e ramos partidos. As largas curvas do rio são seguidas por barrancos que as talham numa e noutra margem, mostrando as suas moles negras cortadas a pico...

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

NOD015. A diligência de Middle

A diligência de Middle, nascida essencialmente para a cobertura de um percurso que o caminho de ferro não podia satisfazer, serviu vários fins entre os quais os de um banqueiro manhoso que um dia resolveu fingir que "enviava secretamente" 50000 mil dólares utilizando os serviços da mesma os quais nunca chegaram ao destino em virtude de uma assalto.
Depois, o honesto banqueiro pediu aos depositantes que aceitassem repartir as perdas uma vez que o dinheiro era deles e o mal repartido por todos custaria menos a cada um.
A ação deste banqueiro cruza-se com o regresso de um jovem que, por acaso, encontrou a diligência já após o assalto e perseguiu o assaltante reparando que este tinha largado um saco de coiro no rio.
Como o banqueiro não apreciava este irreverente cow-boy, já que este morria de amores pela sua filha, aproveitou para fazer crer que ele era responsável pelo assalto. Quem venceria? A palavra do honorável e respeitável banqueiro ou a coragem de um jovem tão vilmente acusado?
Este livro de Fidel Prado está muito bem elaborado e parece bastante rigoroso. O autor perde-se por vezes em diálogos que não nos parecem muito naturais, mas é uma caraterística sua que temos de respeitar. A tradução parece-nos má com os tempos dos verbos a não condizerem com o discurso. Apesar de tudo, um bom momento da Coleção Colt...

sábado, 2 de agosto de 2014

NOD014. Ódio que mata

Estávamos com alguma curiosidade em relação a este livro de Edgar Caygill, exatamente por ser o primeiro neste formato a que tínhamos acesso. Caygill é mais um pseudónimo de Roussada Pinto que, para além deste, terá usado o de Ross Pynn. Conheciamo-lo de contos no Mundo de Aventuras, de argumentos para as aventuras de Tomahawk Tom desenhadas por Vitor Péon e de pequenas histórias na coleção Oeste. Por outro lado, temos uma ideia bem formada sobre a sua capacidade na novela policial, tão famosa na década de sessenta em títulos como «O casa da mulher…», e lemos com agrado os seus livros da série «So long, Jim», onde nos pareceu um autor bastante maduro e de elevada capacidade.
O livro em análise é bem mais parecido com os contos publicados no MA do que com os livros mais recentes. Nele entra de tudo: o pistoleiro ultra rápido («Dynamite Joe»), o bando de facínoras, a população aterrorizada por um só homem, a fuga para território índio, a crueldade dos índios e as cenas dela decorrentes, os soldados que protegem as caravanas, a bela menina que se apaixona pelo herói.
O livro não tem passagens elegíveis para publicação. Ele é eterna correria do herói, de grupos de homens, ele é uma coleção de designações do mais exótico possível: «o vale dos escravos», «o desfiladeiro dos abutres»… Só por isso vale a pena ser apreciado no seu conjunto, sabendo-se à partida que não é uma novela rigorosa, bem elaborada, mas algo que traduzia o grande entusiasmo pelo modo como a juventude naquela altura olhava o Oeste distante. Para isso, aqui fica...

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