«Chamava-se Crystal Dumeine.
E chamavam-lhe o pirilampo do rio.
Alta e esbelta. De curvas fascinantes capazes de perturbar o capitão do barco onde se encontrava. Era orgulhosa e altiva. Morena, de olhos rasgados, grandes e negros como um cume ou um poço.
A boca de lábios carnudos, vermelhos e sensuais incitava ao beijo. O seio era altivo e erecto, a cintura fina, quadris de ânfora e pernas altas e maravilhosas metidas em meias, preta a maioria das vezes.
No dizer de quantos a conheciam, Crystal era uma verdadeira dama crioula, embora, como em todos os casos, houvesse quem tinha opinião contrária. Mas todos concordavam em que era tão perigosa como uma cascavel ou um jaguar das planícies do Texas.» - conta Joe Mogar.
Encerrada naquele barco, ganhando a vida como jogadora, estava muito longe de imaginar o papel que ia ter nos futuros acontecimentos em que um capitão nortista se envolveu quando procurava quem lhe fizera desaparecer os pais, quem o roubara, quem obrigara a sua mulher a fugir...
Deste livro, em que algumas situações parecem de esclarecimento difícil, deixámos algumas passagens que retratam a fulgurante e dramática relação da sua figura principal, Pack Evans, o capitão nortista, com Alina, a sua esposa, a mulher que lhe fugiu para acompanhar um meio-irmão que ludibriara os seus pais, deixando por momentos a ação do «pirilampo do rio» para os que entenderem ler a obra por inteiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário