sexta-feira, 29 de novembro de 2024

NOD180. Mas que «cow-boy»!


De início não era mais que uma nuvem de poeira ao longe. Uma pequena nuvem que ia crescendo, impelida pelo ar daquela manhã primaveril. Depois, foi aumentando, convertendo-se numa confusa poeirada até que, por fim, se desenhou a figura de um cavaleiro que avançava a trote. 
O sol começava a despedir os seus raios sobre a terra branda e os malmequeres destacavam-se na imensa planície como uma bênção, com as suas brancas flores amontoadas. 

Assim começa esta novela que nos traz a história de um cow-boy que se viu obrigado a fugir da terra natal depois de ter morto um homem em duelo leal e que amiúde ali voltava sem alguém se aperceber. Num desses regressos encontrou um velho amigo às portas da morte acompanhado da sua netinha a qual ainda não tinha uma dezena de anos. 
Procurou quem cuidasse da criança e, apesar de não ser rico, sempre enviou dinheiro para ajudar a suportar o seu sustento e educação. Enquanto isso este livro revela-nos várias passagens da sua vida em que veio ao de cima a sua extrema vontade de ajudar os outros mesmo nos assuntos mais perigosos. Tal fez com que alguém bradasse de emoção: «Mas que cowboy!» 
Um dia pôde regressar à terra natal e a surpresa foi grande ao deparar com aquela que tinha ajudado a criar. 
O autor, Peter Doom, tem uma escrita agradável de ler embora não consiga cortar a ideia de que o livro é constituído pela soma de várias aventuras sem relação entre si. Tem o mérito de não se perder em pelejas infernais. Aqui o deixamos para vossa apreciação

Ler mais »

domingo, 24 de novembro de 2024

NOD179. «Cholla» Jim




«Cholla» Jim é um mestiço, filho duma dama mexicana e de um ganadeiro norte-americano. Criado por franciscanos de São Xavier del Bac, tinha dezassete anos quando uns bandidos atacaram e maltrataram um dos missionários para o roubar. Foi atrás da sua pista, encontrou-os numa taberna de Tucson e matou um e feriu outro, só com a navalha.
Não regressou à missão e dizia-se que era um cavaleiro endiabrado tendo matado mais de vinte homens, percorrendo a triste senda dos pistoleiros.
Esta novela vai encontrá-lo a caminho de Jerome num encontro com a deliciosa família dos Baxter. Jim vai trabalhar no «saloon» de um amigo naquela cidade que fervilhava devido à febre dos metais preciosos e aumentava de população e problemas de dia para dia. Na realidade, não lhe agradava aquela vida. No entanto, um homem nem sempre pode escolher os seus caminhos… e vinte e quatro mossas no seu revólver eram mais que suficientes para atirar para um caminho definido com um claro final.
Não era um homem feliz. Nunca o tinha sido. Quando alguém é encontrado, criança apenas de um ano de idade, no meio de um campo abrasado pelo sol de Julho, ao lado de dois cadáveres, homem e mulher, sem documentos que revelem a sua identidade; quando alguém se cria sem saber quem é nem donde vem, sem um nome que lhe pertença, sem carícias de mãe… não se pode ser como os outros.
Quis o destino que os Baxter estivessem no caminho de «Cholla». A simpática receção que lhe fizeram tocou-o e, a partir desse momento, tornou-se visceral inimigo de um cacique que pretendia abusar de todos os rancheiros da região.
Passagens:



Se gostaram das passagens podem agora ler o livro: 

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

NOD178. O ás de espadas

Sempre pensara ser filho daquele homem que o educara e lhe ensinara todos os segredos com as armas e, de repente, aquela revelação mudou toda a sua vida. 

"Caímos sobre o rancho de surpresa. Não ficou ninguém vivo. Eu fiquei para trás vigiando. Não convinha deixar qualquer testemunha. Retirava-me por fim quando ouvi o choro de uma criança. Aproximei-me para... Agarrei-o pensando deixá-lo em qualquer parte. Essa criança eras tu... Julgaram endoidecer quando me viram contigo. Discutimos, mas chegámos a acordo... Aquela foi a nossa última aventura. Separámo-nos quando vendemos o gado roubado. Eu fiquei contigo... Os teus pais morreram. Vi-os ambos juntos, caídos no chão e cobertos de sangue. Teu pai jogava as cartas e ficou com um ás de espadas na mão...". 

A partir daquele momento abandonou tudo o que pertencera àquele bandido que o criara e os velhos companheiros deste foram aparecendo mortos com um ás de espadas sobre o corpo. A sua fama ultrapassou todas as fronteiras... e um dia voltou à terra natal onde, com surpresa, reencontrou as suas raízes e algo mais... 
Eis um livro de Joe Mogar, autor com 52 obras registadas em Portugal, um dos autores que mais apreciava. 
A capa, assinada por um Francisco Savi, mostra um homem abatido e uma jovem perante aquele que ficou conhecido como o "Ás Negro".

terça-feira, 19 de novembro de 2024

NOD177. Sete contra um!



El Paso era um antro curioso. Uma das suas ruas estava aberta aos piores quadrilheiros e zaragateiros e era explorada por um conjunto de indivíduos sem escrúpulos. As outras, onde estes viviam com a população que se acobardava, era vedada àqueles quando se vinham divertir e deixar o dinheiro que sustentava os negócios. 
Os negociantes e financeiros estavam descontentes com o homem da lei que, entretanto, tinha transformado a cidade numa terra sem alma, ameaçando o desenrolar dos negócios. E trataram de procurar uma alternativa para ele. Mas, mais uma vez, escolheram mal e, apesar de conseguirem assassinar o xerife que tão bem servia a cidade, acabaram por ser desmascarados graças à ação daquele que, num primeiro momento, pensaram que o poderia substituir. É que, ele, quase sozinho, numa proporção de "sete contra um" investiu contra eles.
Esta é a primeira contribuição de Cesar Torre para a Coleção Cow-boy e nada tem de inferior em relação à dos outros autores já apresentados.

domingo, 17 de novembro de 2024

NOD176. Injusta Acusação

Aqui fica mais um livrinho do incontornável Raf G. Smith, um autor que cultiva a fanfarronice policiária no ambiente do Far-West. Desta vez, nem se preocupa por pôr uma jovem a chicotear o seu apaixonado. Vejam só: 

Partiram meia hora depois. 
Não foi pequena a surpresa de Mike e Oliver ao encontrarem no local os filhos e a viúva do rancheiro... 
Já tinham o cadáver numa padiola e dispunham-se a levá-lo quando interveio o xerife.
- Vejo que pisaram os arredores apagando todos os possíveis rastos. Algum de vocês está empenhado em que não descubramos o assassino? 
A senhora Doren, a viúva, continuava a chorar em silêncio. Betty e Russel cravaram o olhar em Mike. 
- Não sabem quanto o lamento – disse este. – Ao descobrirmos, eu e Oliver, o corpo, fomos ao rancho para lhes comunicarmos a triste notícia, mas quase nos receberam a tiro. Já devem saber o que aconteceu depois. 
- Como também sei – respondeu Betty – que o papá te ameaçou ontem e que ordenou a anulação do nosso noivado; tu, como vingança, mataste-o cobardemente pelas costas. 
- Betty! Que tolice estás a dizer? – perguntou Mike, horrorizado. – Enlouqueceste? Quem te meteu essa ideia na cabeça? Como… 
Mike levou a mão à cara, onde acabava de estalar o chicote que sua noiva tinha na mão. 
- Canalha! Patife! Matem-no, rapazes! É um assassino…

Pois este fabuloso texto (e muito mais) pode ser encontrado no número 4 da Coleção Cow-boy que encontram já de seguida.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

NOD175. Encontro em Montana


O homem da cicatriz refugiou-se em Montana, um dos poucos lugares onde não tinha a cabeça a prémio, depois de ter cometido assaltos, violações e assassinatos. 
Muitos dos familiares das suas vítimas pouco puderam fazer para reclamar justiça. 
Até que, um dia, um homem chegou a Montana. 
Os pais de Ted Williams tinham sido assassinados num assalto ao seu magnífico rancho. Ted, ainda criança, salvara-se graças à ajuda do velho Frank que assumiu a sua educação. Nunca esqueceu aquelas horas de horror e a missão do seu protetor, um antigo pistoleiro, evoluiu para o treinar para o momento em que encontraria o homem da cicatriz. 
E aconteceu o “Encontro em Montana”…

domingo, 10 de novembro de 2024

NOD174. Mulheres do Sul



Este pequeno livro da Coleção Cow-boy parece querer ser uma singela homenagem de Silver Kane às mulheres do Sul no rescaldo da guerra civil americana. 
Neste caso tratava-se de conseguir o resgate do pai de uma jovem que, depois de exercer atividade de espionagem no Norte, estava sujeito a ser fuzilado. Irina, assim se chamava a desesperada sulista, usou todos os artifícios, inclusivamente o casamento com um condenado à morte, para definir um caminho para a libertação do pai, acabando por cair na armadilha de dois aldrabões com quem combinou a entrega de joias em troco da pessoa querida. Conseguiria chegar a bom porto? 
Este livro tem alguns momentos bastante emocionantes, mas peca, mais uma vez, por ser uma versão resumida e amputada do original que não conhecemos. Os cortes notam-se e fazem com que a sequência do texto nos surja cheia de quebras com situações e personagens de todo inesperadas. Cria, apesar de tudo, o desejo de ter acesso à obra completa.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

NOD173. Paragem em Cheyenne


Quando Peggy e Wendell Russel regressavam da sua viagem de núpcias e o comboio parou na estação de Cheyenne, ele disse que ia cumprimentar um amigo e saiu do comboio. Ela viu-o a falar com outro homem e entrar num bar, mas, para sua admiração, o comboio partiu sem ele entrar no mesmo.
Na estação seguinte, Laramie, sem dinheiro, Peggy saiu e roubou um cavalo para regressar a Cheyenne. Um jovem bem posto seguiu-a e ajudou-a a arranjar guarida naquela cidade.
Peggy viu-se então metida em monumental confusão em que o seu marido parecia fazer parte de uma quadrilha acabando por ser morto aparentemente enquanto participava na libertação do facínora Red Shoshone, um indivíduo com muitos sósias e «em cujo corpo pequeno se abrigava o maior banditismo».
O companheiro de Peggy ajudou-a a decifrar esta incrível situação e, no final, a bela viúva veio a reencontrar a felicidade.
Este é um livro do Oeste diferente do habitual, com uma entrada bastante interessante mas que se vai vulgarizando à medida que a ação decorre. César Torre mostra uma boa capacidade de para engendrar uma trama interessante, mas não teve força para manter o interesse até ao fim, perdendo-se o livro em situações algo caricatas.
Mas aqui fica o texto integral...

sábado, 2 de novembro de 2024

NOD172. Dois punhos e um revólver



Quando o pai morreu, Wanda herdou um rancho, algumas reses e uma hipoteca de 20000 dólares a satisfazer num curto prazo. O seu credor era um dos poderosos da terra sempre pronto a aproveitar-se da momentânea fraqueza dos seus vizinhos.
A situação de Wanda agravou-se quando os roubos começaram a afetar as suas terras e quando os seus vaqueiros desmotivaram e deixaram a situação ao Deus dará.
Desesperada, pediu ajuda à tia Carolina, mas a velha senhora respondeu-lhe que a situação também não era boa e não a podia ajudar. Mas, sem ela saber, enviou um vaqueiro, Hugh Hallowan, para se aperceber da situação da sobrinha e, com ele, enviou 30000 dólares.
Hugh fez-se passar por vagabundo quando chegou ao rancho de Wanda no qual pediu trabalho. Em breve, a sua destreza se tornou notória e se apercebeu de que alguém existia entre os vaqueiros que jogava contra a patroa e que havia alguém externo interessado na situação de ruína da jovem. E com dois punhos e um revólver conseguiu trazer de novo a esperança ao rancho de Wanda.

Mais livros

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...